sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Agora Eu Morro - Fabio Brust

Resenha do livro Agora Eu Morro, de Fábio Brust (confiram o site do autor, http://fabiobrust.blogspot.com/ )





Sinopse: Em uma grande cidade, quatro pessoas tentam sobreviver ao terrível ano de 2033, quando grande parte dos problemas mundiais - entre eles, a falta de água e o aquecimento global - explodem junto de uma bomba de hidrogênio em Berlim. A radiação se espalha pelo mundo e atinge, também, Nova York, onde Char - uma clone mulher prestes a morrer -, Liel - um mexicano que tentou matar o presidente norte-americano - e Yuma - uma estudante japonesa que, depois de um trauma, vira uma assassina - tentam sobreviver. Enquanto isso, o quarto personagem, Imort, tenta morrer, e dá sua voz para contar a história de "Agora eu Morro", que, apesar de tratar da morte, fala, principalmente, a respeito da vida.



Antes da resenha já começo com um pequeno desabafo (que obviamente não interessa a ninguém), Por que a literatura nacional continua sendo marginalizada, em detrimento de tantas “obras-primas” vindas lá de fora? Muita gente diz prestigiar os autores nacionais, mas na hora de comprar livros dos mesmos, a conversa se torna diferente.
Mas que relação tem isso com a resenha?
Simples, se a literatura nacional fosse mais difundida e valorizada, livros como esse Agora eu Morro, do Fábio Brust, estariam em todas as livrarias do país, pois sem exageros, foi um dos melhores livros que tive a oportunidade de conhecer nos últimos tempos.
Trata-se da história de quatro pessoas tentando sobreviver no mundo praticamente sem vida no ano de 2033. Char, uma clone mulher prestes a morrer, Liel um mexicano que tentou matar o presidente dos Estados Unidos, Yuma, uma estudante japonesa que, depois de um trauma sofrido no principio da “crise”, vira uma assassina, e o personagem principal, que faz a narração dos acontecimentos, Imort (diminutivo de Imortal), que, sendo sincero, durante 70% do livro me faz ter uma profunda aversão a ele (para não dizer raiva mesmo), mas que na parte final mostra uma face mais “simpática”, o que traz um aspecto inclusive mais humano para ele.
O livro é muito bem escrito, inclusive algumas dúvidas de determinadas ações são mais adiante explicadas, não deixando qualquer tipo de “furo” ou pontas soltas, algo que ocorre as vezes em determinadas histórias.
Fábio foi muito feliz em criar uma história de ficção ambientada no futuro, mas que soa completamente verossímil para quem lê. É literatura de alto nível, que merece um lugar de destaque.

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